quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Ronda ostensiva tem baixa adesão para tirar D O NA PMRN


Ronda ostensiva tem baixa adesão

Publicação: 2015-01-15 
tribunadonorte
São poucos os policiais militares que têm se oferecido para trabalhar nas rondas do Policiamento Preventivo Ostensivo (PPO), medida emergencial adotada pelo governo do Estado, a partir do dia 2 de janeiro, para diminuir a sensação de insegurança da população.

Ontem, 12 dias após a implantação da medida, o novo comandante-geral da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, coronel Ângelo Mario de Azevedo Dantas, tomou posse oficialmente no cargo e admitiu à TRIBUNA DO NORTE a dificuldade de convencer os PMs a trabalhar nas rondas.
Magnus NascimentoPassagem de comando na Polícia Militar do RN ocorreu na manhã de ontem com a presença do governador Robinson FariaPassagem de comando na Polícia Militar do RN ocorreu na manhã de ontem com a presença do governador Robinson Faria

Ele não soube quantificar o número de homens que estão atuando, diariamente, no Policiamento Preventivo Ostensivo, mas afirmou que as 300 diárias operacionais disponibilizadas não vêm sendo preenchidas.

No dia 7 de janeiro, um dia antes da entrevista coletiva concedida pelo governador Robinson Faria e a cúpula da Segurança Pública do RN, somente 58 policiais haviam se apresentado para esse trabalho. Uma fonte da TN assegurou que a média diária tem sido de 40 PMs.

O motivo da baixa adesão, segundo o próprio comandante, é a desconfiança em relação ao pagamento das diárias operacionais. “O trabalho é voluntário e, por conta dos atrasos no ano passado [o débito chega a R$ 1,6 milhão], nem todos os policiais estão convencidos a trabalhar nas horas de folga. Ainda há pendências de julho, como as diárias operacionais da Copa do Mundo e das festas juninas em Natal e no interior, por exemplo”, disse Ângelo Dantas.

Em relação aos pagamentos, o comandante-geral da PM informou que será dada prioridade de pagamento às diárias executadas na atual gestão, ou seja, àquelas referentes às rondas do PPO, iniciadas no dia 2. De acordo com ele, no momento o Executivo não pode pagar essas diárias operacionais porque o Orçamento do Estado ainda não foi aberto, entretanto, já existe planejamento para se pagar em fevereiro. O valor total, no entanto, não foi divulgado.

Quanto às diárias do ano passado, Ângelo Dantas disse que o governo sinalizou que vai ter o momento oportuno para pagar. “Isso aí é um passo mais adiante, porque se insere em restos a pagar ou dívidas de exercícios anteriores, mas tudo vai ser equacionado para que seja colocado em dia no mais curto espaço de tempo”.

O comandante-geral da PM também comentou sobre o retorno dos policiais militares cedidos a outras instituições, cujo número passa de 1.000 – a convocação foi uma das promessas feitas pelo governador Robinson Faria na coletiva de imprensa do dia 8 de janeiro.   Segundo o coronel  Ângelo Dantas a cessão foi feita através do Gabinete Civil, que está providenciando o retorno desses policiais. No entanto, segundo disse, alguns lugares não poderão devolver todos os PMs.

“Alguns poucos já retornaram e outra parte vai chegar em bloco. Está tudo ainda sendo equacionado. Os órgãos do Estado estão sendo montados agora e está se estudando toda essa situação, mas existe interesse do Governo do Estado em devolver grande parte dos policiais”, falou o comandante, lembrando, porém, que os PMs precisarão passar por uma requalificação, uma vez que estão há algum tempo afastados da atividade policial. Essa requalificação é feita no Centro de Aperfeiçoamento da Polícia Militar e dura cerca de 20 dias, segundo Ângelo Dantas. 

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