segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Comando da PM designa o BOPE para fazer a segurança nas escolas de francês em Natal


Determinação veio após ataque terrorista que aconteceram em Paris 

JORNAL DE HOJE

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Os ataques que aconteceram na França, na última semana, que terminou com três terroristas e 17 pessoas mortas, sendo dois policiais, trouxeram consequências também para Natal. Por determinação do governo, o Comando Geral da Polícia Militar determinou o aumento da segurança nas unidades da escola Aliança Francesa.
Esse reforço no estabelecimento, que tem unidades em Petrópolis e Capim Macio, será feito por duas viaturas do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), uma em cada local. “Essas viaturas não ficarão em pontos fixos, mas circulando na região onde as escolas estão localizadas. Irão ficar fazendo o patrulhamento da região, aumentando assim toda aquela área e não apenas das unidades da escola. Mandamos o Bope, exatamente por ser uma unidade da PM que trabalha diretamente com essas situações especiais”, explicou o tenente coronel Sairo Silva (foto à direita), titular do Comando do Policiamento Metropolitano (CPM).
Apesar do reforço no policiamento, o tenente coronel destacou que não existe nenhuma indicação de que a capital potiguar possa sofrer qualquer tipo de ataque decorrente do que aconteceu na França. “Isso foi um pedido do consulado da França, que o Governo Federal atendeu e aqui a Secretaria de Segurança (Sesed) repassou para o comando da Polícia Militar. Não existe nada que nos leve a crer que possa acontecer alguma coisa aqui em Natal”, explicou o Sairo Silva, que ainda completou. “Esse reforço nas escolas que têm ligação com o consulado Francês se deu em todo o Brasil, não foi uma exclusividade de Natal. Foi mais um alerta geral feito em todo o Mundo, inclusive em nosso país”.
Ainda segundo o tenente coronel, esse reforço no policiamento não tem uma data definida para terminar. “Vamos continuar fazendo esse patrulhamento até que nos seja passado que não precisa mais. Acredito que quando a situação se acalmar um pouco esse reforço não será mais necessário e os policiais que foram deslocados para essa função irão continuar com o trabalho normal”.
Apesar da preocupação do consulado francês, o diretor da escola em Natal, David César, destacou que os funcionários e alunos estão tranquilos. “Esse reforço foi algo pedido pelos nossos superiores. Estamos todos bem tranquilos. Não quero falar a respeito do que aconteceu lá na França, mas aqui nós estamos bem. Não vejo motivos para preocupação aqui no Brasil. Nós estamos em período de férias e também por isso não houve nenhuma grande preocupação”.
Na próxima quarta-feira (14), a Aliança Francesa pretende fazer um ato na Praça Cívica em homenagem aos mortos durante o ataque. “Esse homenagem não tem nenhum ligação política. É apenas um ato que queremos fazer em homenagem aos mortos. Fizemos o pedido para a Prefeitura e estamos aguardando a resposta. Vimos muitas manifestações políticas depois do que ocorreu, mas aqui vai ser mesmo uma homenagem”, disse David César.
Os ataques na França começaram no último dia 7 de janeiro. Os irmãos Said Kouachi, de 34 anos e Chérif Kouachi, de 32, mataram 12 pessoas depois de atacarem o jornal satírico francês “Charlie Hebdo”, em Paris. Dois dias depois, a dupla foi morta em confronto com policiais em uma pequena fábrica em uma cidade a 35 km da capital francesa. Um outro homem, identificado como Amedy Coualibaly, de 32 anos, também foi morto depois de fazer reféns em um supermercado ao leste de Paris. Antes, ele ainda matou quatro pessoas.
Os três militantes têm vínculos uns com os outros e com atividades terroristas que se estendem de Paris à Al Qaeda no Iêmen. Eles são o símbolo do maior medo das autoridades ocidentais: radicais islâmicos que receberam treinamento no exterior e voltaram à sua terra natal para lançar ataques.

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