quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Redes sociais são monitoradas para planejar novas blitzen da Lei Seca em Natal

Com saturação da fiscalização da Lei Seca na Av. Roberto Freire, Styvenson usa redes sociais para programar novas blitzens


Por Paulo de Sousa

Styvenson revela que monitora redes sociais para planejar novas blitzens (Foto: Alberto Leandro)
Styvenson revela que monitora redes sociais para planejar novas blitzens (Foto: Alberto Leandro)
O coordenador das blitzens de combate à embriaguez ao volante na Grande Natal, o tenente PM Styvenson Valentim, pretende diversificar os pontos onde fará as próximas barreiras policiais pela região metropolitana. O motivo, segundo o oficial PM, é que houve uma redução significativa nos flagrantes de motoristas conduzindo veículos sob efeito de álcool na Avenida Roberto Freire, via em que são realizadas a maioria das fiscalizações da Lei Seca na cidade. E as redes sociais estão sendo usadas para planejar as próximas fiscalizações.
Segundo o tenente Styvenson, que atualmente trabalha para o Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Norte (Detran-RN), quando começou a realizar as fiscalizações da Lei Seca na Av. Roberto Freire, no início deste ano, a média era de 50 condutores flagrados ao dirigirem sob efeito de álcool. No entanto, na última blitz feita com esse objetivo por sua equipe nessa mesma via, na madrugada da última quarta-feira (17), apenas 16 pessoas tiveram o resultado positivo nos testes de bafômetro.
“Estávamos fazendo operações de saturação na Av. Roberto Freire, pois tínhamos identificado que ela era a com maior incidência nos flagrantes por embriaguez ao volante. Quis mostrar que onde há fiscalização, a lei é cumprida. Não vejo a redução nos flagrantes como se a população estivesse tomando consciência, mas sim pelo medo de ser preso. Por isso, muitos têm desviado, tomado outras rotas. Espalham informações pelas redes sociais. Mas também estamos monitorando isso e vamos fazer fiscalizações em vias que jamais se imaginaria”, adverte Styvenson Valentim.
Ainda conforme o oficial PM, o monitoramento feito nas redes sociais (Facebook, WhatsApp) tem ajudado a planejar as próximas barreiras da Lei Seca. “As pessoas informam onde costumam se reunir, fazer festinhas. E vamos usar essas informações para montar as fiscalizações”.
“Prender pobre é fácil”
O que chama ainda a atenção do tenente nas redes sociais são as críticas feitas ao seu trabalho. Algumas chegam a dizer que “é fácil prender bêbados”, revela ele. Diante disso, Styvenson Valentim responde que “fácil mesmo é prender pobre na periferia, pois a maioria não tem instrução e não sabe se defender judicialmente. Fazem críticas porque tenho prendido advogados, promotores, juízes que são abordados e dizem que estou fazendo meu trabalho de forma errada. Mas eu conheço bem a legislação e sei o que estou fazendo”, ressalta.
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