domingo, 3 de março de 2013

Polícia Militar ocupa Complexo do Caju, no Rio; favelas receberão duas UPPs

Do UOL, em São Paulo*

Megaocupação de favelas no Rio61 fotos

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14.out.2012 - Mensagem contra as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) é estampada em muro de favela do Complexo de Manguinhos, na zona norte do Rio de Janeiro, durante o processo de ocupação da comunidade para dar início a instalação de UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) Leia mais Guto Maia/Frame/Estadão Conteúdo
As polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro deram início, na madrugada deste domingo (3), à ocupação de 13 favelas do Complexo do Caju, na zona portuária da capital fluminense, para a implantação de duas UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) na região.
As comunidades são alguns dos principais redutos do tráfico de drogas do Estado, e vão receber a 31ª e a 32ª UPP do Rio de Janeiro durante o processo de pacificação. Dados do Instituto Pereira Passos (com base no censo do IBGE de 2010), dão conta de que 20.212 mil pessoas vivem na região.
De acordo com a PM, cerca de 1.400 homens do Bope (Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar) e 200 fuzileiros navais participam da operação. Dezessete blindados da Marinha, além de caveirões (blindados do Bope) e retroescavadeiras auxiliam os policiais. O Batalhão de Ações com Cães (BAC) e o Grupamento Aéreo e Marítimo (GAM) também participam.
Por volta das 5h, o Bope entrou no Complexo do Caju através da favela do Parque Alegria (próximo ao cemitério do Caju). Na chegada, policiais dentro de um blindado do tipo "piranha" removeram uma barricada formada por duas pedras grandes. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, não foram registrados outros incidentes. Ainda de acordo com a pasta, nenhum tiro foi disparado.
Do outro lado da região, o Batalhão de Choque acessou as comunidades pela favela do Caju. O Core (divisão de elite da Polícia civil) que dá suporte à operação, ocupa a Barreira do Vasco, em São Cristóvão, zona norte da cidade. Desse modo, segundo a PM, a operação segue um esquema montado que prevê o fechamento de um cerco no Complexo do Caju.
Agentes da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Federal apoiam a operação com foco nas ações de inteligência.

Linha Vermelha está fechada; tráfego foi desviado 

Desde às 4h da manhã, a Linha Vermelha está interditada nos dois sentidos, entre a Ilha do Governador e o campo de São Cristóvão, incluindo as vias de acesso a este trecho.
De acordo com o Centro de Operações da Prefeitura do Rio, o tráfego foi desviado na altura da Ilha do Governador e será realizado pela avenida Brigadeiro Trompowisk, com acesso pela avenida Brasil nos dois sentidos.
Já na altura da Linha Amarela, o desvio será pela avenida Bento Ribeiro Dantas, com acesso pela Linha Amarela e pela avenida Brasil em ambos os sentidos.
Aos motoristas que seguem no sentido Baixada, a Prefeitura informa que os acessos à Linha Vermelha pelo elevado Engenheiro Freissynet (Paulo de Frontin) e pelo elevado Professor Rufino Pizarro estarão fechados.
O desvio de tráfego será feito pelo viaduto dos Fuzileiros e pela avenida Francisco Bicalho.

Denúncia de moradores

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública aos moradores das comunidades que estão sendo ocupadas que colaborem com o trabalho dos policiais, denunciando criminosos e foragidos da Justiça, esconderijos e locais onde possam estar guardadas armas, drogas, objetos roubados e outros produtos ilegais. Os moradores podem ligar para o Disque-Denúncia, 2253-1177, ou para o 190 da Polícia Militar.
O órgão pede ainda que os moradores andem com documentos de identificação em mãos e que eles sejam apresentados, quando solicitados; motoristas e motociclistas serão solicitados a mostrar documentos de propriedade de seus veículos, bem como a Carteira Nacional de Habilitação em dia. No caso das motos, também será exigido o uso de capacete, segundo a secretaria.
 
*Com informações de Hanrrikson de Andrade
 

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